Um novo satélite Chinês pode abrir caminho para missões espaciais através no espaço profundo


Navegando no espaço profundo

O Homem está se preparando para ir além e realizar viagens interestelares. E para conseguir isso, a China lançou o foguete Long March 11 no dia 10 de Novembro (2016), que levava consigo alguns satélites. Dentre esses satélites, um pode estabelecer um papel importante na navegação do espaço profundo para o futuro da exploração espacial. 

O Satélite XPNAV 1, ou China’s X-ray Pulsar Navigation (Navegação através da Localização de Pulsares em raios-X), é o primeiro sistema de navegação do mundo em raios-x. Antes do XPNAV 1, a única maneira das naves espaciais manterem sua localização era através da Rede de Espaço Profundo da NASA (DSN) e Buscador Espacial Europeu (Europe Space Tracking), da ESA, (ESTRACK). 

“Em outras palavras, esse sistema é equivalente ao GPS,” disse John Pye, gerente no Centro de Pesquisa Espacial na Universidade de Leicester. O satélite XPNAV 1, equipado com dois geradores de energia solar e dois detectores, pesam em torno de 240 Kg. O satélite irá executar testes e reunir dados para construir o banco de dados de pulsares que emitem raios-x.

Créditos: chinaspaceflight.com

O Raios-x marca o ponto

Raios-X de navegação (XNAV) baseiam-se em pulsares de raios-x, geralmente encontrados em sistemas com duas estrelas. Os sinais de raios-x são gerados quando uma estrela de nêutrons mais densa puxa o gás da outra estrela através de seu campo magnético. A medida que o pulsar gira sobre seu eixo, ele produz pulsos de raios-x em intervalos curtos, que podem ser usados como um sistema de GPS (com os pulsos ao invés de satélites). O diferencial de tempo dos pulsos de pulsares múltiplos pode ser medido e usado por uma espaçonave para determinar sua própria localização no sistema solar dentro de 5 quilômetros. A chave é encontrar pulsares com pulsos mais consistentes. 

Se o XPNAV1 conduzir essa missão com êxito, detectando os pulsos e mapeando-os para a construção de uma base de dados, a exploração espacial irá mudar para sempre. “Ter um sistema semi-autônomo torna as coisas mais fáceis em termos de navegação quando você sai para o Sistema Solar externo, para planetas exteriores como Júpiter, Saturno e além,” disse Pye.

A China não é a única a explorar essa tecnologia. A NASA está desenvolvendo atualmente o SEXTANT (Station Explorer for X-ray Timing and Navigation Technology), que será instalada na Estação Espacial Internacional em 2017.




[Tradução: @difurlan1]

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