Um registro de estresse tectônico na superfície Marciana


Conjuntos de cumes e depressões localizados em aproximadamente 1000 quilômetros ao norte do vulcão mais famoso de todos, o Olympus Mons (que significa Monte Olimpo), contêm um registro de intensos estresses tectônicos ocorridos na região Acheron Fossae há 3.7-3.9 bilhões de anos.

Este cenário, obtido pela Mars Express da ESA (Agência Espacial Europeia) em 4 de Maio, é focado na região oeste de Acheron Fossae, um isolado bloco de um antigo terreno que cobre uma área de aproximadamente 800 quilômetros de comprimento e 280 quilômetros de largura e possui uma altura de 2 quilômetros em relação às planícies circundantes.

Acheron Fossae é parte de uma conexão de fraturas que irradia de protuberâncias a partir da região Tharsis para 1000 quilômetros em direção ao sul – a casa dos maiores vulcões de Marte. Como a região Tharsis se expandiu através de materiais quentes expelidos a partir da crosta de Marte durante a formação dos vulcões, ela esticou e separou a crosta ao longo das linhas de falha geológica sobre uma larga área.

O padrão de falhas transversais visto em vários locais na região Acheron Fossae implica que esta região sofreu estresses a partir de diferentes direções ao longo do tempo, sugerindo uma complexa história por trás dos registros geológicos.

O processo deu origem a uma série de depressões entre blocos  erguidos de falhas geológicas, classicamente conhecido como “Horst and Graben”.

Uma parte dominante de um cume curvado que se estende através da região inteira é vista no lado esquerdo inferior da imagem. Isso pode ser uma antiga depressão que deis de então tem sido alimentada por material que fluiu sobre ela ao longo do tempo, possivelmente por geleiras carregadas de rochas depositadas em condições climáticas mais recentes, muito tempo depois após a depressão ter sido formada.

A região Acheron Fossae tem sido relacionada aos sistemas de fendas continentais da Terra. As principais zonas de fenda na Terra são associadas às placas tectônicas, tais quais as depressões do meio do oceano que estão lentamente se espalhando.


Em Marte, as fendas são importantes para o estudo da evolução geral da crosta e também da evolução térmica da subsuperfície profunda do planeta.

Fonte: ESA

[Tradução, adição e adaptação: @jonathantorres19]


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