O observatório ALMA encontrou oxigênio no início de nosso Universo.
Astrônomos detectaram oxigênio em uma galáxia distante.
A galáxia é tão longe que sua luz levou 13,1 bilhões de anos para chegar até nós. Isso significa que vemos a galáxia como era 13,1 bilhões de anos atrás, quando o Universo tinha "apenas" 700 milhões de anos de idade. Por isso, é também justo dizer que os astrônomos detectaram oxigênio no início da juventude do nosso Universo. A descoberta foi feita com o Observatório ALMA no Chile.
O oxigênio é um gás. É um dos principais constituintes da atmosfera. As pessoas e os animais precisam de oxigênio para respirar, mas a descoberta de oxigênio no início do Universo não significa que havia pessoas ou animais em torno dele. Há 13,1 bilhões de anos, não havia vida.
Ainda assim, a nova descoberta é muito importante. Quando o Universo nasceu (13,8 bilhões de anos atrás), continha apenas os dois elementos mais leves na natureza: hidrogênio e hélio. Todos os outros elementos, incluindo o oxigénio, têm sido produzidos, numa fase posterior, no interior quente de estrelas. Portanto, a descoberta do oxigênio apenas 700 milhões de anos depois do nascimento do Universo diz algo sobre a evolução das primeiras estrelas.
E tem mais. O oxigênio na galáxia distante foi 'duplamente ionizado'. Isso significa que os átomos de oxigênio perderam dois dos seus elétrons. Isso só pode ocorrer se houver uma grande quantidade de radiação de alta energia ao redor. A radiação deve provir de outras estrelas gigantes jovens, com dezenas de vezes a massa do nosso Sol.
A quantidade de oxigênio descoberto na galáxia distante não é muito grande: cerca de dez vezes menor do que a quantidade em nosso Sol. Isso porque o Universo ainda era jovem - o oxigênio não havia sido produzido em grande quantidade naquela época. A quantidade de gás carbono e partículas de poeira na galáxia distante é ainda menor.
A nova descoberta revela que as primeiras estrelas produziram uma grande quantidade de radiação energética. Havia tão pouca poeira ao redor, que esta radiação poderia facilmente escapar da galáxia. Então, provavelmente as primeiras estrelas foram capazes de limpar a névoa escura de gás hidrogênio frio que estava presente no espaço entre galáxias.
Ao todo, a descoberta do oxigênio é um bom exemplo de como as observações no ALMA podem revelar muitas informações sobre o que estava acontecendo no Universo primordial.
O que?
O oxigênio foi descoberto em uma galáxia distante conhecida como SXDF - NB1006-2. Esta é uma galáxia muito fraca e pequena, que fica a uma distância de 13,1 bilhões de anos-luz. Durante a sua viagem de 13,1 bilhões de anos a Terra, as ondas de luz foram esticadas pela expansão do Universo. Como resultado, as ondas de oxigênio duplamente ionizadas foram esticadas de 88 micrometros a 725 micrometros, tornando-se observáveis pelo ALMA.
O oxigênio foi descoberto em uma galáxia distante conhecida como SXDF - NB1006-2. Esta é uma galáxia muito fraca e pequena, que fica a uma distância de 13,1 bilhões de anos-luz. Durante a sua viagem de 13,1 bilhões de anos a Terra, as ondas de luz foram esticadas pela expansão do Universo. Como resultado, as ondas de oxigênio duplamente ionizadas foram esticadas de 88 micrometros a 725 micrometros, tornando-se observáveis pelo ALMA.
Quem?
A descoberta foi feita por um grupo de astrônomos do Japão, Suécia, Reino Unido e do Observatório Europeu do Sul, liderado por Akio Inoue da Universidade de Osaka Sangyo no Japão. Antes de serem autorizados a utilizar o ALMA para procurar oxigênio em galáxias distantes, Akio e seus colegas primeiramente realizaram simulações de computador para mostrar que o sinal seria de fato detectável. A descoberta foi publicada em 16 de junho de 2016 na revista Science semanal internacional.
A descoberta foi feita por um grupo de astrônomos do Japão, Suécia, Reino Unido e do Observatório Europeu do Sul, liderado por Akio Inoue da Universidade de Osaka Sangyo no Japão. Antes de serem autorizados a utilizar o ALMA para procurar oxigênio em galáxias distantes, Akio e seus colegas primeiramente realizaram simulações de computador para mostrar que o sinal seria de fato detectável. A descoberta foi publicada em 16 de junho de 2016 na revista Science semanal internacional.
Fonte: http://kids.alma.cl/?p=1973&lang=en
[Tradução: @laviniaestacioo
Revisão: @difurlan1]
Revisão: @difurlan1]
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